sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Mudanças & "Sem Definição".

Há seis meses, as coisas começaram a fazer sentido. Coisas que fiz, disse ou deixei de fazer sem um propósito aparente, de súbito se mostraram peças de um plano maior.
Não sei em que fase do plano o arquiteto Deus está agora, mas sinto que, no final, tudo vai dar certo.
Vou esperar. Não importa o tempo que passe.

Eu sou péssimo para apresentar meus textos, então serei sucinto com esse, que se chama "Sem Definição":
Texto!



Você sabe o que é “abacate”, certo? “Chocolate” você também conhece, também sabe o que é. Sabe me dizer quem é “Silvio Santos” se eu te perguntar, mas... Você consegue me dizer quem é “ela”? Como é “ela”? Em algumas palavras só, você consegue? Tenta...
Difícil, né?!


Talvez por que você não a enxergue como eu a enxergo. Eu sei que é ruim ficar sem ter o que dizer, sem ter como definir, ou descrever algo ou alguém... Mas o que dizer? Não tem o que dizer, quando você encontra alguém que é assim pra você: tudo!


Absolutamente perfeita, aquela que ri até das suas piadas mais sem graça, te acha engraçado até quando você é desengonçado, tem um sorriso doce, um jeito meigo, é inteligente e romântica, esforçada e engraçada, bonita e ingênua, paciente e impaciente ao mesmo tempo, e te dá uma sensação de que você pode confiar nela sempre, mesmo que ela seja sempre surpreendente, você sabe que ela nunca vai te decepcionar.


Ela tem um abraço carinhoso, que te conforta, mesmo nos piores dias, que te acalma. Só de vê-la, seu dia já valeu a pena... Conversar com ela é uma dádiva, sempre tem algo de bom pra te dizer, mesmo que a conversa não seja ao vivo! Pode esquecer o presente de Natal, o Bom Velhinho te deu um presente melhor do que qualquer outro: conversar com ela.


Ela te chama de doido, te deixa com falta de ar quando fala com você, ou olha na sua direção, e te dá aquela sensação gostosa de que você está caindo, sabe?! Uma espécie de friozinho no estômago, e sempre, não só “às vezes”, “algumas vezes”, ou “quase sempre”, literalmente é SEMPRE, te deixa gago, trêmulo, tonto com aquele sorriso, e aquele jeito de arrumar o cabelo, ou a risada dela, ou o jeito de tentar levantar uma sobrancelha só (em vão).


Até quando ela fala que vocês são “inguais”... Nem mil palavras poderão explicar o que é vê-la rir, ou até mesmo chorar... E, sem saber, vê-la te conquistar, mesmo sem querer, e você nunca conseguir esquecê-la, nem que você vá pra muito longe, ou pra perto, não tem como não pensar, 60 segundos por minuto, na pessoa que ela é... Por que ela é bem assim: sem definição, em nenhum dicionário.




Sem Definição - Paulo Oliveira

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Solteiro.

Bom, eu postaria esse textinho no dia 14, mas como será num sábado, e eu não costumo "frequentar" a internet no sábado, postarei hoje mesmo.
Hoje é terça feira, está fazendo um solzinho bacana aqui em Santos, e, nos últimos dias, uma frágil esperança, que estava quase quase morrendo, renasceu, mais forte do que antes.
Fernando Sabino já disse isso, e sei que não adiciono peso nenhum na sua colocação, mas mesmo assim, repito e tenho mais certeza que nunca de que "No fim, tudo dá certo. Se não deu, é porque ainda não chegou ao fim"



Você, leitor, que é sério, moderno, culto e antenado, sabe que é hoje , dia 12 de junho, é o esperado e cultuado (e por vezes, e por muitos principalmente, temido e odiado) Dia dos Namorados. Você sabe também, claro, que o Brasil é o único país do mundo que comemora essa data hoje, apenas para satisfação e salvação de lojistas brasileiros, porque no Brasil, terra do futebol, carnaval, cachaça e bunda, o ano só começa depois do Carnaval (isso quando não é ano de Copa do Mundo!), e a data de 14 de fevereiro, dia de São Valentino, que mesmo contra a vontade do governo e da igreja casava casais clandestinamente, e por isso foi mutilado, torturado e morto (não necessariamente nessa mesma ordem), seria colocada em segundo plano, diminuindo e muito o lucro de floriculturas, bombonieres, lojas de roupas, calçados e perfumarias.


Você, que não tem namorada, e quando os amigos tiram um sarrinho de você, te chamando de “tiozinho”, é daqueles que diz:

“-Eu tô pouco me lixando pra isso, porque blá blá blá...” e desenrola convulsivamente algo parecido com o primeiro parágrafo desse texto, e, pra terminar, ainda diz:

“-E eu não sou como uns otários aí que vão perder um tempão do dia e um bom dinheiro pra comprar presentinho no shopping”

Mas você, leitor, que é sério, moderno, culto e antenado, mesmo dizendo e sabendo disso tudo aí em cima, ainda fica deprimido e suspira, assim como eu e outros e, também como eu e outros, não se importaria em gastar algumas horas de seu dia e nem de gastar uma graninha...

Porque, cá entre nós, é cruel passar o Dia dos Namorados assistindo Sessão da Tarde com a sua mãe...



Solteiro - Paulo Oliveira

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Livros & Microcontos

Sorte de hoje: O livro é uma casa de ouro

Discordo.
Vejo os livros como mais que isso.
Livros são um universo inteiro, dourado e livre, muito maior que o nosso, preso por leis de gravitação, atração, constituintes e afins.
São, inclusive, uma fuga dos problemas do cotidiano, tem o poder de te abstrair, pelo tempo que durar sua leitura e sua concentração nela, dos pensamentos que não são produtivos para você, das tristezas e ainda, quiçá, alegrar um pouquinho seu dia.

Leia, pense e seja mais.
Meu conselho pra juventude.

Agora, vamos aos microcontos.

Você sabe o que é um microconto?

Como o nome diz, microconto é um conto, com dimensões muito reduzidas.
É interessante de se ver o que sai, e um ótimo exercício, contar algo com apenas 50 letras (sem contar o título, nem a pontuação).

Vou postar alguns meus aqui... espero que gostem!



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Manteve-se silente, até sentir o punhal nas costas.
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“Preciso permanecer neutra” – pensou a Suíça.
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-Alto o bastante?
-Sim!
-Tá esperando o quê?!
E o chão ficou rubro.
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Gritou, mas não ouviu sua voz. Estava surdo.
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Era ela que estava ali, mas por quê?
Não sabia, nem soube. Nunca.
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Beijaram-se.
Separaram-se.
Fizeram as pazes.
Repetiram.
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